Não há prisão que tire a Liberdade a um homem LIVRE.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
No me llames extranjero.
No me llames extranjero, por que haya nacido lejos, O por que tenga otro nombre la tierra de donde vengo No me llames extranjero, por que fue distinto el seno O por que acunó mi infancia otro idioma de los cuentos, No me llames extranjero si en el amor de una madre, Tuvimos la misma luz en el canto y en el beso, Con que nos sueñan iguales las madres contra su pecho.
No me llames extranjero, ni pienses de donde vengo, Mejor saber donde vamos, adonde nos lleva el tiempo, No me llames extranjero, por que tu pan y tu fuego, Calman mi hambre y frío, y me cobije tu techo, No me llames extranjero tu trigo es como mi trigo Tu mano como la mía, tu fuego como mi fuego, Y el hambre no avisa nunca, vive cambiando de dueño. Y me llamas extranjero por que me trajo un camino, Por que nací en otro pueblo, por que conozco otros mares, Y zarpé un día de otro puerto, si siempre quedan iguales en el Adiós los pañuelos, y las pupilas borrosas de los que dejamos Lejos, los amigos que nos nombran y son iguales los besos Y el amor de la que sueña con el día del regreso. No me llames extranjero, traemos el mismo grito, El mismo cansancio viejo que viene arrastrando el hombre Desde el fondo de los tiempos, cuando no existían fronteras, Antes que vinieran ellos, los que dividen y matan, Los que roban los que mienten los que venden nuestros sueños, Los que inventaron un día, esta palabra, extranjero.
No me llames extranjero que es una palabra triste, Que es una palabra helada huele a olvido y a destierro, No me llames extranjero mira tu niño y el mío Como corren de la mano hasta el final del sendero, No me llames extranjero ellos no saben de idiomas De límites ni banderas, míralos se van al cielo Por una risa paloma que los reúne en el vuelo.
No me llames extranjero piensa en tu hermano y el mío El cuerpo lleno de balas besando de muerte el suelo, Ellos no eran extranjeros se conocían de siempre Por la libertad eterna e igual de libres murieron No me llames extranjero, mírame bien a los ojos, Mucho más allá del odio, del egoísmo y el miedo, Y verás que soy un hombre, no puedo ser extranjero.
" Todos nós somos memória, e a memória, para o bom e para o mal, é a única coisa que não nos podem roubar".
Cantares de Amigos
"É possível falar sem um nó na garganta é possível amar sem que venham proibir é possível correr sem que seja a fugir. Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta. É possível andar sem olhar para o chão é possível viver sem que seja de rastos. Os teus olhos nasceram para olhar os astros. Se te apetece dizer não grita comigo: não. É possível viver de outro modo. É possível transformares em arma a tua mão. É possível o amor é possível o pão. É possível viver de pé! Não te deixes murchar. Não deixes que te domem. É possível viver sem fingir que se vive. É possível ser homem. É possível ser livre."
Manuel Alegre
"Primeiro levaram os comunistas, mas não me importei com isso eu não era comunista. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso eu também não era operário. Depois prenderam os sindicalistas, mas não me importei com isso porque eu não sou sindicalista. Depois agarraram uns sacerdotes, mas como não sou religioso também não me importei. Agora estão-me a levar a mim Mas já é tarde..."
(Bertold Brecht)
“A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou, Sei que não vou por aí.”
José Régio
"Oh! Esta comoção de me sentir sozinho no meio da multidão - a ouvir o meu coração no peito do vizinho Oh! Esta solidão quente como a camaradagem do vinho!
José Gomes Ferreira, Comício"
"Homem, abre os olhos e verás em cada outro homem um irmão. Homem, as paixões que te consomem não são boas nem más. São a tua condição. A paz, porém, só a terás quando o pão que os outros comem, homem, for igual ao teu pão.
Armindo Rodrigues"
"Quando desembarcas em Lisboa, Céu celeste e rosa, estuque branco e ouro pétalas de ladrilho as casas, as portas, os tectos, as janelas salpicadas do ouro verde dos limões, do azul ultramarino dos navios, quando desembarcas não conheces, não sabes que por detrás das janelas escuta ronda a polícia negra, os carcereiros de luto de Salazar, perfeitos filhos de sacristia e calabouço despachando presos para as ilhas, condenando ao silêncio pululando como esquadrões de sombras sob janelas verdes, entre montes azuis, a polícia, sob outonais cornucópias, a polícia procurando portugueses, escavando o solo, destinando os homens à sombra.
Sem comentários:
Enviar um comentário